O afundamento do solo de Maceió é um processo geológico de subsidência do solo em vários bairros da cidade Maceió, capital do estado de Alagoas, de natureza antropogênica, causado pela exploração inadequada e consequente colapso das minas de sal-gema que a mineradora brasileira Braskem realiza desde 1979. O desastre já era anunciado: depois de um tremor de terra sentido em março de 2018, rachaduras nos imóveis, fendas nas ruas, afundamentos de solo e crateras transformaram para sempre a vida dos moradores. Milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, enquanto outras, sem ter para onde ir, passaram a conviver com cortes de energia, precariedades de serviços públicos, descaso e lentidão do Poder e Justiça
A cidade sofre com um lento processo de afundamento do solo que causa desgastes em diversas estruturas, como ruas, casas e infraestruturas urbanas. Cerca de 60 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências e propriedades. Bairros inteiros estão sob ameaça de destruição, por exemplo os bairros de Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e em parte do Farol.
Hoje, a cidade encontra-se em estado de alerta máximo por causa do risco de colapso iminente do solo. Enquanto isso, mais de 15 mil moradores ainda não foram inseridos no mapa de criticidade da região, para serem incluídos no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) da empresa.
Confira a Linha do Tempo do Caso e a nossa Biblioteca, com arquivos dos processos, notícias na mídia